Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

sexta-feira, setembro 28, 2012

SAGRAÇÃO (mitopoese com Cabeça)


CABEÇA - E. B. Brito



...unge a tua cabeça, e lava o teu rosto
Mt 6:17





Fiz-me ao mar de mim.
Sou um silêncio
em que se funda o mito;
um mar intenso.


Fiz-me ao mar de noite.
O meu nigredo.
E ouço o marulhar:
mistério e medo.

***
 
(Essa totalidade eu não invento.
Se estou uno, a unicidade vem de dentro. )
 
 
***

 
 
Eurico
(releituras em Giambattista Vico)


2 comentários:

Unknown disse...

este dístico final é deslumbrante,



abraço

Luis Eustáquio Soares disse...

fez-se o mar de si, liso
do sussuarão, ou dos passos
da paixão?
tudo bem contigo, poeta?
abraço,
luis