Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

terça-feira, abril 05, 2011

CLARAS EM NEVE
































"Devemos ser suaves, suaves, suaves uns com os outros, porque somos muito frágeis..."


............................................................................Petra Maré, in Abrigo de Ventos



Dissolve-se um fonema,
em excipiente átono,
quase inaudível fluxo, in abstrato,
claras em neve,
i-lógico hiato...
de ilusória elisão.

Leva-se a lenir, vogal aberta,
u'a  flatus vocis,
em leve vozear, ao rés do vento,
dulcíssima alusão...

Servir, translúcida,
em céu algodoado.




Eurico
em reengenharia de nuvens...rs



Fonte da imagem (e da epígrafe):

Algodão em flor.

5 comentários:

Unknown disse...

Nossa, EURICO!

Que poema lindo! Isso sim, é estado de poesia.

DEMAIS!

Beijos

Mirze

carmen silvia presotto disse...

hehehe, um poema comestível... brincas e transmites, muito bom.

Beijos, Carmen.

Cecília disse...

Gostei!

Beijinhos

Anônimo disse...

doce.

:)

Rejane Martins disse...

...Mas como é bom ver gente realizando palavras de forma tão impecável! Aqui, como abelha no mel. Muitíssimo obrigada, Eurico.