Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

quarta-feira, março 09, 2011

RUAS DO RECIFE (o que via Clarice Lispector da sua sacada?)







“E quando a festa já ia se aproximando, como explicar a agitação que me tomava? Como se enfim o mundo se abrisse de botão que era em grande rosa escarlate. Como se as ruas e praças do Recife enfim explicassem para que tinham sido feitas. Como se vozes humanas enfim cantassem a capacidade de prazer que era secreta em mim. Carnaval era meu, meu".


Clarice Lispector, ao recordar o carnaval de sua infância, na Praça Maciel Pinheiro- Recife - PE.


Clarice via um Recife bucólico e simples...
(Recife, 1940 - Revista Life)

 



E via a Pça. Maciel Pinheiro com a Matriz



Clarice via a fonte a jorrar sobre as ninfas de mármore...




Via o povo que passava frevando...



E criava um insólito mundo-escrito... 
'



Um mundo "que se abria de botão que era em grande rosa escarlate..."




Eurico,
(em momento de refazimento da folia...rs)


Fontes:


da foto Recife 1940:
http://aniziosilva.com/blog/vendedores-de-banana/


passista solitário
http://revistahost.uol.com.br/publisher/preview.php?edicao=0909&id_mat=2795


 praça maciel pinheiro com matriz
http://www.pousadapeter.com.br/indexfotos_praca_maciel_pinheiro_recife.htm


 praça maciel pinheiro com chafariz
http://www.flickr.com/photos/rodrigocantarelli/195454991/


 praça maciel pinheiro estátuas clarice de noite e dia
http://www.demetrioesculturas.com/2007/index.php?option=com_content&task=view&id=27&Itemid=29

3 comentários:

carmen silvia presotto disse...

Um grande abraço, fraterno e companheiro e que bela postagem esta, onde temos a Clarice foliã...

Que tenhas tido ótimos e felizes momentos neste Carnaval, seguimos!!!

Carmen.

Misturação - Ana Karla disse...

Recordando com Clarice, que beleza!
*Pulou muito?
Xeros

Paula Barros disse...

Eurico, fico a imaginar o que Clarice sentia e via, porque ela via e sentia com outros olhos. A dimensão do sentir e do expressar dela é de uma grandiosidade, de mundos dentro do mundo.


beijo