Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

domingo, julho 18, 2010

Tamandaré



Farfalham folhas
Flutuo

In/vento um vento
Levito

...Ouve-se um suave assovio
de invisível gaivota

Asas azuis deslizando
num azulado vazio...


***


Imagem e motivo do poemeto:
(foto de Paula Barros)

23 comentários:

Angela VW disse...

Parabéns pela criatividade e beleza poética!
A Paula tem esses "olhos de poeta" com sua sensibilidade abre as janelas e portas de nossa alma.

Um Abraço e ótimo domingo!

lula eurico disse...

Grato, Angela,
pena q não há o teu perfil do blogger para que te visite, mas...
receba meu fraterno abraço.

Paula Barros disse...

Eurico,
fico feliz quando há essa interação entre os blogs, entre minhas fotos e as palavras de quem sente elas. E vindo de você é um carinho muito, muito especial.

Gostei da forma leve que poetizou, que se entregou ao vento da imaginação, do sentir.

Obrigada! abraço com carinho, bem abraçadinho.



Legal ler o comentário de Angela,pessoa de muita sensibilidade, poeta das boas.
abraço para ela também.

Dauri Batisti disse...

leve vento poema solto, vento pena de gaivota nos olhos, olhar de coqueiro folhas ao vento, cração de poeta no azul do céu. Bonito.

Abraço forte

lula eurico disse...

É verdade, Paulinha,
foi uma entrega. A foto me arrastou. Aliás, há uma sequencia de fotos e ao que parece, esse é o coqueiro mais alto de todos. Vc levantou os olhos e clicou. Ele, o coqueiro nos captou...rsrsrs
E o céu azul, sem nuvens, de Tamandaré...

Foi especial pra vc, pq vc merece esse carinho. Mas ao fim e ao cabo, foi especial pra mim. Esse poemeto me remete a um lirismo puro, que busco há muito nessas minhas reflexões sobre poesia.

Ele inicia uma série. Creio eu. Depois publico os outros.

Abraço fraterno.

lula eurico disse...

Dauri, amigo e irmão,
esse poemeto me fez sentir algo diferente. Nele o conceito, o logos das coisas, não está tão explícito, como nos meus demais. E isso é o que busco. Esse lirismo puro, como quem olha, lirismo aórgico, ou das coisas que prescindem do humano. Bem...
depois explico melhor. rsrsrs
Se eu puder...

Abraço

Anônimo disse...

"In/vento um vento"
invento asas e finjo voar pela imensidão!!!!

Beijos

lula eurico disse...

Oi, Suzana,
seja bem-vinda.
Pode levitar, pois a foto da Paulinha Barros é um céu todo azul, de bons ventos...

Abraço fraterno.

Carlinhos do Amparo disse...

Oi, compadre Lula Eurico,
Afinal estás de volta. Como anda a saúde?
Bem, teu lirismo renitente tb está de volta, né?
Lirismo fermentado pela imaginação.
Mas percebo algo mais nessa contrução. Não sei se é ilusão de ótica...rsrsrs, mas entrevejo quatro planos em perspectiva, nesse poemeto: primeiro, as folhas, depois o vento, logo em seguida, a ave que voa e ao fundo o firmamento azul profundo.
Teu lirismo é descritivo, mesmo usando o imaginário. É realmente uma apreensão, uma mediação entre o que se vê (na foto) e o que captou tua sensibilidade poética.
Estás achando o ponto pra teu lirismo fenomenológico...rs

Saúde, compadre!

lula eurico disse...

Compadre Carlinhos,
o senhor é suspeitíssimo pra comentar meus poemas...rs afinal, sempre trocamos longas e etílicas prosas sobre o meu lirismo.
Mas foi um achado esse seu. Nem percebi essa perspectiva no texto. As imagens do poema vão adentrando a paisagem, realmente. O processo de apreensão lírica está aí, implícito, coisa que, em verdade, eu não percebi.

Abraço fraterno.

(Ah, a saúde vai indo bem. Faço novos exames em agosto próximo. Vai dar tudo certo.rs)

Canto da Boca disse...

"Um azulado vazio", já repleto de poesia, pássaros - a invisível gaivota - teu pensamento em forma de ave, vento sonhos, e tantos olhos - os nossos -.

Abração, vizinho, ótima semana!

lula eurico disse...

Vizinha,
que bom te ver!
Recebi a encomenda sobre a demissão do jornalista...até na Cultura, né, vixe!
Encaminhei prum blogueiro arretado, o cumpadi Diógenes, do Terra Brasilis, que deve publicar.

dá meu abraço fraterno no meu xará, o Cabeção. rs

Canto da Boca disse...

Darei o abraço no Cabeção com muito gosto!

Essa santa internet, há de nos valer muitas vezes, a exemplo do "Ficha Limpa", vamos fazer muitas coisas ainda.
Pois é, até na Cultura, quem diria? Imagina vc os coronéis do PSDB apropriando-se outra vez do poder do Estado? Involução e retrocesso, nem pensar, né?
Obrigada por tudo!

Abração, Vizinho, saúde e amor sempre!

Cecília disse...

Belo poema!
Também gostei muito da fotografia, a Paula tira belas fotografias, não é verdade? Inpiram mesmo!

Tenha uma ótima semana!
Beijos

Paula Barros disse...

Eurico, hoje sou eu que levo você.
Sentindo os bons ventos.

abraço para você e Kelly.

Unknown disse...

venho te trazer muitas vibrações, desejando que teu físico fique cada vez mais forte para dar conta de acompanhar esta alma inspirada de poeta.
Fica com Deus, beijos

lula eurico disse...

Cecília, amiga,
como vão os estudos?

Um abraço pra vc e que Deus te ilumine nas provas.

lula eurico disse...

Jeanne,
grato, irmãzinha e amiga,
tb te desejo bons ventos...

Abraço

lula eurico disse...

Paulinha,
já fui até lá.

Fico feliz q vc gostou do poemeto.

Abraçamigo.

Anônimo disse...

Você soprou-me a saudade da terra dos altos coqueiros...

Sou eterna vassala daquele vento nos cabelos das palmeiras da minha casa.

[Vir aqui é sempre motivo de cisco no canto do olho, que bom!]

Sopro-te um beijo que percorra mapas.
.
.
.
Katyuscia

lula eurico disse...

Que a brisa de cá sopre o cisco de lá... e que a saudade se faça poesia.


Abraço fraterno.

Profdiafonso disse...

Como comentar? Não sei... Levito nesse fazer poético ímpar!

Grande abraço, meu irmão!

PAX ET BENE!

lula eurico disse...

Diógenes,
que bom te ver, mano.
São experimentos. Ainda experimento, depois de tantos anos produção. rsrsrs
Tento um lirismo puro, mas a minha imaginação não deixa. Então in/vento ventanias...rsrss


Abraçamigo.