Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

sábado, julho 24, 2010

Pássaro






O poema é o pássaro,
Vôo repentino:
Coisa no fulgor de sua própria presença;
O poema é o impacto,
Olhos de menino:
Nariz esmagado nas vidraças da essência;
Assombro lírico,
Fascínio órfico,
Subitânea iluminação do ser:
O poema é o pássaro,
Ave essencial.


Eurico


Nota:
Poemeto-collage, extraído do comentário do compadre Carlinhos do Amparo, na postagem anterior. rs

2 comentários:

Éverton Vidal Azevedo disse...

Generoso é você rsrs. Com certeza o seu Carlinhos nao tirava comentários "do nada". Tem uma "coisa", uma, digamos assim rs, "teoria" poética, por trás desse processo criativo, dessa poesia (ainda que seja do ponto de vista de nao ter, sei lá). E eu aprendo muito aqui. E muita mais por que nao é um blog "professoral".

E o Carlinhos tem site, blog, ou algo assim?

Abraço.

lula eurico disse...

Carlinhos tem o Sítio d'Olinda. Eu tb participo dele.

Tem uma "teoria" sim. Não lembro quem foi que disse que toda obra instaura uma poética.
Mas só tratamos do processo criativo. Da construção, do meio, etc. Um autor não deve teorizar sobre o próprio trabalho. Mas sobre como ele foi feito... isso pode. rs

Abraço fraterno, Poeta.