Uma Epígrafe



"...Quanto à poesia, parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender."...[Alfredo Bosi, in O Ser e o Tempo da Poesia, p. 133]

sábado, março 21, 2009

Sagração



...unge a tua cabeça, e lava o teu rosto
Mt 6:17



Fiz-me ao mar de mim.

Sou um silêncio
em que se funda o mito;
um mar intenso.


Fiz-me ao mar de noite.

O meu nigredo.
E ouço o marulhar:
mistério e medo.


***

(Essa totalidade eu não invento.
Se estou uno, a unicidade vem de dentro. )

***


3 comentários:

Beti Timm disse...

Oi, amigo!
tenho andado ausente, mas aqui estou diante de versos únicos e pungentes. No silêncio, há sem dúvida grandes imensidões.

Beijos saudosos

Ps.: meu pc tá de mal comigo...rs

Unknown disse...

Eurico, ungi e lavei...

É...
o silêncio...
o mistério...
assusta e
completa.

Lindo !
Abrs Yvy

Sueli Maia (Mai) disse...

Está perfeito!
Um batismo.

Carinho, Mai